O Dr. Eduardo Augusto Moscoso nasceu no dia 18 de novembro de 1863, no Rio de Janeiro, filho de João Ferreira Moscoso e de D. Alexandrina Guimarães Moscoso.
Fez o curso de instrução secundária no Colégio Pedro II. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) em 1886, defendendo a tese intitulada “Das causas das gangrenas dos membros inferiores, suas indicações terapêuticas e cirúrgicas”.
Pouco depois de se formar, foi convidado a ser assistente de Clínica Cirúrgica, cadeira regida pelo Prof. Oscar Bulhões. Exerceu este cargo e trabalhou na 17ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro por muitos anos, ao lado dos médicos Lima e Castro, Marcos Cavalcanti e Pedro Severino Magalhães.
Em1907 tornou-se Livre-Docente da mesma instituição apresentando a tese “Dois casos de Esofagectomia externa”. Foi também Livre-Docente de Patologia Cirúrgica, apresentando um opúsculo com os temas “Questões de patologia cirúrgica de abdome (abcessos subfrênicos)”, “Oclusões intestinais por hérnia do hiato de Winslow” e “Oclusões intestinais pelo divertículo de Meckel”.
Trabalhou intensamente neste cargo, até que resolveu ampliar seus estudos ainda mais e viajou para a Europa, visitando hospitais na França, na Inglaterra, na Alemanha, na Áustria, na Suíça e na Itália, em 1910 e 1911 Nestes países, qualificou-se com alguns cursos, como: “Operações sobre o tubo digestivo e anexos”, “Operações de urgência”, “Técnica de clínica cirúrgica”, “Cirurgia das vias urinárias”, “Técnica cirúrgica dos ossos (luxações e fraturas”), “Cirurgia vascular” e “Técnica e cuidados de recuperação pós-operatório”.
Adepto da anestesia pelo éter, ao retornar da Europa, trouxe para o Brasil a máscara de anestesia de Ombredanne. E, junto a introdução de seu uso, ele implementou também a utilização da “ósteo-síntese” pelas placas e parafusos de Lambotte – tendo trazido, de suas viagens, todo o material necessário para a experimentação.
Fundou e dirigiu o Instituto Policlínico de Socorros Médicos e fundou também a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro – ambas as instituições tinham por objetivo a geração de debates mais profundos de temas médicos, bem como a análise crítica de problemas da medicina e das ciências correlacionadas. Organizou a Sociedade Médica do Hospital da Misericórdia, onde foi secretário.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1905, apresentando a memória intitulada “A cura radical da hidrocele vaginal”, e tornou-se Emérito em 1940. Exerceu também o cargo de Secretário da ANM.
É o Patrono da Cadeira 28.
Foi, também, membro da Sociedade Médica de Lisboa e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Paris.
Além disso, o Dr. Moscoso trabalhou como médico do então Presidente da República, o Marechal Floriano Peixoto, acompanhando-o até Alagoas, tendo à sua disposição um enfermeiro militar. Foi, também, Chefe de Cirurgia durante muitos anos no Hospital Nossa Senhora das Dores.
Escreveu diversos livros sobre temas médicos, dentre eles a obra “Gastroenterostomia” (1907), e manteve uma coluna no Jornal do Brasil sobre a História da Medicina, cujo nome era “Na Poeira dos Alfarrábios”. Foi também redator e colaborador efetivo da “Revista de Medicina e Cirurgia do Brasil” e do periódico “Brasil Médico”. Colaborou ainda no “Correio da Manhã”, com as “Efemérides Médicas”.
O Dr. Moscoso faleceu no dia 2 de julho de 1942, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 249
Cadeira: 28 Eduardo Augusto Moscoso
Cadeira homenageado: 28
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 09/11/1905
Posse: 19/04/1906
Sob a presidência: Antônio Augusto de Azevedo Sodré
Saudado: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima
Emerência: 18/04/1940
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 02/07/1942
Número acadêmico: 249
Cadeira: 28 Eduardo Augusto Moscoso
Cadeira homenageado: 28
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 09/11/1905
Posse: 19/04/1906
Sob a presidência: Antônio Augusto de Azevedo Sodré
Saudado: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima
Emerência: 18/04/1940
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 02/07/1942
O Dr. Eduardo Augusto Moscoso nasceu no dia 18 de novembro de 1863, no Rio de Janeiro, filho de João Ferreira Moscoso e de D. Alexandrina Guimarães Moscoso.
Fez o curso de instrução secundária no Colégio Pedro II. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) em 1886, defendendo a tese intitulada “Das causas das gangrenas dos membros inferiores, suas indicações terapêuticas e cirúrgicas”.
Pouco depois de se formar, foi convidado a ser assistente de Clínica Cirúrgica, cadeira regida pelo Prof. Oscar Bulhões. Exerceu este cargo e trabalhou na 17ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro por muitos anos, ao lado dos médicos Lima e Castro, Marcos Cavalcanti e Pedro Severino Magalhães.
Em1907 tornou-se Livre-Docente da mesma instituição apresentando a tese “Dois casos de Esofagectomia externa”. Foi também Livre-Docente de Patologia Cirúrgica, apresentando um opúsculo com os temas “Questões de patologia cirúrgica de abdome (abcessos subfrênicos)”, “Oclusões intestinais por hérnia do hiato de Winslow” e “Oclusões intestinais pelo divertículo de Meckel”.
Trabalhou intensamente neste cargo, até que resolveu ampliar seus estudos ainda mais e viajou para a Europa, visitando hospitais na França, na Inglaterra, na Alemanha, na Áustria, na Suíça e na Itália, em 1910 e 1911 Nestes países, qualificou-se com alguns cursos, como: “Operações sobre o tubo digestivo e anexos”, “Operações de urgência”, “Técnica de clínica cirúrgica”, “Cirurgia das vias urinárias”, “Técnica cirúrgica dos ossos (luxações e fraturas”), “Cirurgia vascular” e “Técnica e cuidados de recuperação pós-operatório”.
Adepto da anestesia pelo éter, ao retornar da Europa, trouxe para o Brasil a máscara de anestesia de Ombredanne. E, junto a introdução de seu uso, ele implementou também a utilização da “ósteo-síntese” pelas placas e parafusos de Lambotte – tendo trazido, de suas viagens, todo o material necessário para a experimentação.
Fundou e dirigiu o Instituto Policlínico de Socorros Médicos e fundou também a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro – ambas as instituições tinham por objetivo a geração de debates mais profundos de temas médicos, bem como a análise crítica de problemas da medicina e das ciências correlacionadas. Organizou a Sociedade Médica do Hospital da Misericórdia, onde foi secretário.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1905, apresentando a memória intitulada “A cura radical da hidrocele vaginal”, e tornou-se Emérito em 1940. Exerceu também o cargo de Secretário da ANM.
É o Patrono da Cadeira 28.
Foi, também, membro da Sociedade Médica de Lisboa e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Paris.
Além disso, o Dr. Moscoso trabalhou como médico do então Presidente da República, o Marechal Floriano Peixoto, acompanhando-o até Alagoas, tendo à sua disposição um enfermeiro militar. Foi, também, Chefe de Cirurgia durante muitos anos no Hospital Nossa Senhora das Dores.
Escreveu diversos livros sobre temas médicos, dentre eles a obra “Gastroenterostomia” (1907), e manteve uma coluna no Jornal do Brasil sobre a História da Medicina, cujo nome era “Na Poeira dos Alfarrábios”. Foi também redator e colaborador efetivo da “Revista de Medicina e Cirurgia do Brasil” e do periódico “Brasil Médico”. Colaborou ainda no “Correio da Manhã”, com as “Efemérides Médicas”.
O Dr. Moscoso faleceu no dia 2 de julho de 1942, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio