Manoel Vitorino Pereira

Dr. Manoel Vitorino Pereira, médico, jornalista, escritor, professor e político brasileiro, nasceu em Salvador, em 30 de janeiro de 1853, filho do português Vitorino José Pereira e de Dona Carolina Maria Franco Pereira.

Nasceu no mesmo prédio onde funcionava a oficina de marcenaria de seu pai, na Rua da Preguiça, que hoje leva seu nome. Manoel Vitorino teve uma infância pobre. Ajudou o pai na oficina, e após o expediente dedicava-se a estudar à luz de candeeiro de querosene. Começou a frequentar aulas particulares noturnas com professores que preparavam candidatos à Faculdade de Medicina.

Em dois anos, estava apto a prestar os exames. Aos 15 anos, tendo adquirido com muito esforço e dedicação um preparo preliminar, fez os exames gerais preparatórios, de série integral, no Ginásio da Bahia. Aprovado com distinção, conseguiu matricular-se, em 1871, na Faculdade de Medicina daquela Província, onde formou-se médico em 1876. Em seguida, viajou para a Europa, onde realizou estágios e cursos de aperfeiçoamento nos hospitais de Paris, Viena, Berlim e Londres. Em 1885, submeteu-se a concurso para professor catedrático da 2ª cadeira de Clínica Cirúrgica, sendo aprovado com brilhantismo.

O Dr. Manoel Vitorino publicou várias obras, a maioria no campo da medicina, dentre elas “Moléstias parasitárias mais frequentes nos climas tropicais”, “Alcoóis poliatômicos”, “Saneamento do Rio de Janeiro” e “Higiene das escolas e a filária de medicina para a América pelas negras africanas”.

Orador de grandes recursos, culto e austero, encontrou na imprensa campo fértil para sua pregação, ajudando a fundar o “Correio da Manhã”.

Consagrado como professor de medicina, o Dr. Manoel Vitorino foi da carreira médica à política, à qual se deixou atrair, aos estímulos de seu espírito público e interesse pelos problemas sociais. Foi governador da Bahia e depois foi vice-presidente da República no mandato de Prudente de Morais.

Na condição de vice-presidente, acumulou a presidência do Senado, conforme estabelecia a Constituição da época. Em 1896, Manoel Vitorino assume interinamente o cargo de Presidente da República, quando Prudente de Morais se licencia do cargo por quatro meses por motivo de doença. Ligado aos partidários de Floriano Peixoto, os chamados jacobinos, Manoel Vitorino não mantinha boa relação com o presidente afastado, Prudente de Morais. Colocou em prática suas próprias ideias e interesses políticos.

Durante sua interinidade na presidência da república, transferiu a sede do governo, do Palácio Itamaraty para o Palácio do Catete, que ele adquirira.

Em 4 de março de 1897, sem qualquer aviso, Prudente de Morais apresentou-se para reassumir o cargo. Retornando à condição de vice-presidente, e assim Manoel Vitorino aliou-se à oposição.

A carreira política de Manoel Vitorino sofreu um grave abalo quando do atentado sofrido por Prudente de Morais. Em 5 de novembro de 1897 Prudente de Morais foi recepcionar os militares vitoriosos em Canudos; acabou sendo alvo de um atentado contra a sua vida. O soldado Marcelino Bispo de Melo não conseguiu atingir o presidente, mas acabou matando, a punhaladas, o marechal Carlos Machado Bittencourt, ministro da Guerra.

O vice-presidente Manoel Vitorino foi indiciado no inquérito sobre o atentado, acusado de envolvimento no ato criminoso. Respondeu com um Manifesto em que proclamava inocência. Seu nome não foi incluído no despacho final do processo, mas sua carreira política arruinou-se. Findo o mandato, passou a atuar no jornalismo, publicando críticas ao novo presidente Campos Sales, sucessor de Prudente de Morais, no jornal Correio da Manhã.

Nessa época, provavelmente como represália, o governo vetou a prorrogação de sua licença da Faculdade de Medicina da Bahia, o que inviabilizava sua permanência no Rio de Janeiro. Adoeceu subitamente de colibacilose intestinal quando preparava seu retorno a Salvador.

Faleceu quatro dias depois, aos 49 anos, no dia 9 de novembro de 1902, no Rio de Janeiro.

Manoel Vitorino Pereira, era cirurgião geral e foi Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina.

É o Patrono da Cadeira No. 19 da Secção de Medicina.

Em 1962, deu nome a um município criado na Bahia.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Honorário

Cadeira homenageado: 19

Eleição: 13/11/1899

Indicação: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Saudado: Fernando Francisco da Costa Ferraz

Secção (patrono): Medicina

Classificação: Nacional

Falecimento: 10/11/1902

Informações do Honorário

Cadeira homenageado: 19

Eleição: 13/11/1899

Indicação: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Saudado: Fernando Francisco da Costa Ferraz

Secção (patrono): Medicina

Classificação: Nacional

Falecimento: 10/11/1902

Dr. Manoel Vitorino Pereira, médico, jornalista, escritor, professor e político brasileiro, nasceu em Salvador, em 30 de janeiro de 1853, filho do português Vitorino José Pereira e de Dona Carolina Maria Franco Pereira.

Nasceu no mesmo prédio onde funcionava a oficina de marcenaria de seu pai, na Rua da Preguiça, que hoje leva seu nome. Manoel Vitorino teve uma infância pobre. Ajudou o pai na oficina, e após o expediente dedicava-se a estudar à luz de candeeiro de querosene. Começou a frequentar aulas particulares noturnas com professores que preparavam candidatos à Faculdade de Medicina.

Em dois anos, estava apto a prestar os exames. Aos 15 anos, tendo adquirido com muito esforço e dedicação um preparo preliminar, fez os exames gerais preparatórios, de série integral, no Ginásio da Bahia. Aprovado com distinção, conseguiu matricular-se, em 1871, na Faculdade de Medicina daquela Província, onde formou-se médico em 1876. Em seguida, viajou para a Europa, onde realizou estágios e cursos de aperfeiçoamento nos hospitais de Paris, Viena, Berlim e Londres. Em 1885, submeteu-se a concurso para professor catedrático da 2ª cadeira de Clínica Cirúrgica, sendo aprovado com brilhantismo.

O Dr. Manoel Vitorino publicou várias obras, a maioria no campo da medicina, dentre elas “Moléstias parasitárias mais frequentes nos climas tropicais”, “Alcoóis poliatômicos”, “Saneamento do Rio de Janeiro” e “Higiene das escolas e a filária de medicina para a América pelas negras africanas”.

Orador de grandes recursos, culto e austero, encontrou na imprensa campo fértil para sua pregação, ajudando a fundar o “Correio da Manhã”.

Consagrado como professor de medicina, o Dr. Manoel Vitorino foi da carreira médica à política, à qual se deixou atrair, aos estímulos de seu espírito público e interesse pelos problemas sociais. Foi governador da Bahia e depois foi vice-presidente da República no mandato de Prudente de Morais.

Na condição de vice-presidente, acumulou a presidência do Senado, conforme estabelecia a Constituição da época. Em 1896, Manoel Vitorino assume interinamente o cargo de Presidente da República, quando Prudente de Morais se licencia do cargo por quatro meses por motivo de doença. Ligado aos partidários de Floriano Peixoto, os chamados jacobinos, Manoel Vitorino não mantinha boa relação com o presidente afastado, Prudente de Morais. Colocou em prática suas próprias ideias e interesses políticos.

Durante sua interinidade na presidência da república, transferiu a sede do governo, do Palácio Itamaraty para o Palácio do Catete, que ele adquirira.

Em 4 de março de 1897, sem qualquer aviso, Prudente de Morais apresentou-se para reassumir o cargo. Retornando à condição de vice-presidente, e assim Manoel Vitorino aliou-se à oposição.

A carreira política de Manoel Vitorino sofreu um grave abalo quando do atentado sofrido por Prudente de Morais. Em 5 de novembro de 1897 Prudente de Morais foi recepcionar os militares vitoriosos em Canudos; acabou sendo alvo de um atentado contra a sua vida. O soldado Marcelino Bispo de Melo não conseguiu atingir o presidente, mas acabou matando, a punhaladas, o marechal Carlos Machado Bittencourt, ministro da Guerra.

O vice-presidente Manoel Vitorino foi indiciado no inquérito sobre o atentado, acusado de envolvimento no ato criminoso. Respondeu com um Manifesto em que proclamava inocência. Seu nome não foi incluído no despacho final do processo, mas sua carreira política arruinou-se. Findo o mandato, passou a atuar no jornalismo, publicando críticas ao novo presidente Campos Sales, sucessor de Prudente de Morais, no jornal Correio da Manhã.

Nessa época, provavelmente como represália, o governo vetou a prorrogação de sua licença da Faculdade de Medicina da Bahia, o que inviabilizava sua permanência no Rio de Janeiro. Adoeceu subitamente de colibacilose intestinal quando preparava seu retorno a Salvador.

Faleceu quatro dias depois, aos 49 anos, no dia 9 de novembro de 1902, no Rio de Janeiro.

Manoel Vitorino Pereira, era cirurgião geral e foi Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina.

É o Patrono da Cadeira No. 19 da Secção de Medicina.

Em 1962, deu nome a um município criado na Bahia.

Acad. Francisco Sampaio

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