Da história às conquistas na pesquisa sobre medula óssea

03/09/2012

“A semente e o solo: sangue e medula óssea” foi o tema do professor Marco Antonio Zago na conferência do dia 30 de agosto de 2012.

O professor Zago, apresentado pelo acadêmico Wanderley de Souza, é professor Titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e Pró-Reitor de Pesquisa da USP e, entre outros cargos, foi ex-presidente do CNPq.

O Pró-Reitor da USP, Marco Antonio Zago, dividiu sua apresentação em aspectos históricos sobre a medula óssea, onde germina o sangue, por isso semente e solo, pois são dois aspectos fundamentais da vida humana com a própria produção de alimentos e a perpetuação da espécie, segundo falou. Estes dois aspectos são tão importantes que aparecem, segundo relatou, na primeiro documento escrito da literatura brasileira, a carta de Pero Vaz de Caminha, na qual faz referência a germinação de plantas nessa terra.

Inicialmente, falou sobre o sítio de origem do sangue e a história onde se processa, seguindo os ensinamentos de Winston Churchill, “quanto mais para trás conseguirmos olhar, mais para frente conseguiremos olhar.”

Zago apontou nomes marcantes dessa área de estudo, entre os quais, William Hewson (1739-1774), conhecido como pai da hematologia. Também destacou o papel de Ernst Newmann (1834-1918) que fez uma mudança compleae ao afirmar que sim é o tecido linfóide que dá origem ao sangue, mas é o tecido linfóide que está na medula óssea.”Primeira vez que se faz referência à medula óssea como sede da produção de sangue.” Outro expoente mencionado foi Giulio Bizzozero (1846-1901), professor italiano de hematologia que deu contribuições muito importante para a área.

Outros nomes relevantes apresentados na conferência de Zago foram o ganhador do Nobel de Medicina, Paul Ehrich (1854-1915) que descreveu o que chamou de mielócito, célula da medula óssea; o professor suiço Otto Nägelli (1871-1938), com a descrição do mieloblasto como precursor de todas as células brancas. Em seguida, mencionou ainda e Ernest Mcculloch e James Till, que receberam em 2005 o importante prêmio Albert Lasker Award, o nobel americano, pois de fato identificaram as células-tronco.

Por fim, Zago abordou as inúmeras pesquisas atuais com os diferentes tidpos de células-tronco e falou ainda um pouco sobre os estudos do seu grupo: as conquistas e também dificuldades.

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