Patrícia Rocco assume Cadeira 85

03/09/2012

A pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Patrícia Rieken Macedo Rocco, se tornou imortal da Academia Nacional de Medicina em cerimônia realizada no Museu Histórico Nacional no último dia 28 de agosto de 2012, no Rio de Janeiro.

A nova acadêmica se torna membro titular e passa a ocupar a cadeira 85 da Secção de Ciências Aplicada à Medicina, ocupada até então pelo pesquisador Ricardo Brentani que faleceu em 2011 e cujo patrono é Antonio de Barros Terra.

Como perpetuação das tradições da ANM, a posse da acadêmica foi iniciada com uma comissão formada pelos acadêmicos Deolindo Couto, Sérgio Novis, Jayme  Marsillac, Wanderley de Souza, Pietro Novellino e Rui Haddad que a introduziram no auditório onde recebeu o medalhão e o diploma, e fez seu discurso.

A Secretaria Geral da Academia, a pesquisadora Eliete Bouskela, fez a saudação à nova imortal. Em seu discurso, Bouskela ressaltou aspectos marcantes da trajetória profissional de Patrícia Rocco, onde se pode detectar o pendor para a pesquisa e o ensino, reunindo os dois itens básicos da famosa frase de Carlos Chagas Filho: “na universidade se ensina, porque se pesquisa”.  Bouskela ainda destacou a consagradora votação sem deixar de mencionar a importância desse momento. “Por mais que essa posse lhe represente, é igualmente grande no que ela significa para nós que a acolhemos neste momento”. E para terminar, lembrou de Aloysio de Castro “não preciso dizer porque hoje exultamos. Já sóis de nossos e falar de vós seria como falar de nós mesmo”.

Já em seu discurso de posse, Patrícia Rocco iniciou relatando em como se sentia honrada em  ser o  650º membro da ANM, ocupando a cadeira 85. A nova acadêmica exaltou seus antecessores, enaltecendo e reverenciando seus feitos, como disse.  Patrícia afirmou ainda que “sentia a responsabilidade em seus ombros, por suceder tão ilustres membros”. Contou à plateia que, apesar do patrono ser Antonio de Barros Terra, o primeiro a ocupar a cadeira 85, na verdade, foi Antonio Satamini, que nasceu em 1865. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e na ANM presidiu a Secção de Ciências Naturais (1902-1904).

Relembrando a vida e obra de seus antecessores, Patrícia resgatou fatos de 1927, quando Satamini passou a membro titular honorário e abriu vaga que foi ocupada então por aquele considerado o patrono da cadeira 85. Antonio de Barros Terra foi professor das Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e um dos fundadores da Faculdade Fluminense de Medicina, além de ter criado o laboratório Barros Terra. Em 1956, foi eleito Paulo Arthur Pinto da Rocha que defendeu os direitos dos profissionais médicos, criando o Sindicado dos Médicos Brasileiros.

Segundo Patrícia, o próximo ocupante na cadeira 85,  foi o dermatologista Antar Padilha Gonçalves que tomou posse em 1976 e a ocupou até 2005, quando então o último a ocupá-la foi o pesquisador, ex-presidente da Fapesp e do hospital AC Camargo, Ricardo Brentani.

A nova acadêmica ainda falou do seu encantamento em cada etapa para disputar a cadeira 85, desde a redação do memorial, às visitas aos acadêmicos, tendo esse momento sido de grandes alegrias. “Cada acadêmico, no seu jeito acolhedor, me aconselhava, me energizava. Durante os quatro meses de campanha, conheci pessoas incríveis que me mostraram os outros lados da medicina: a história de medicina, a história da UFRJ, da Uerj, da UniRio, do hospital Escola São Francisco de Assis e as histórias de sucessos dos médicos, políticos e empresários.”

Para finalizar, agradeceu aos familiares, ressaltou a importância de cada um em sua trajetória e prometeu “farei de tudo para corresponder a confiança em mim depositada.”

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