Nascido em 29 de Novembro de 1896, no Rio de Janeiro, filho de um Juiz de Direito do Império, Dr. João Joaquim Ramos, e D. Silva e Elvira Ramos e Silva.
Formou-se em medicina em 1918 defendendo a tese sobre arsenoterapia da séfilis em 1919 e fez concurso para medico Sanitarista do Departamento Nacional de Saúde dedicando-se daí em diante à Dermatologia em seus múltiplos aspectos de pratica profissional, ensino, sanitários, investigativos e associativos.
Seus pendores pelos assuntos tropicais da Dermatologia desde se manifestaram, já quando trabalhava com Werneck Machado na Policlinica Geral do Rio de Janeiro, quando seus estudos micológicos, levaram seu Chefe a homenagea-lo com a designação de Microsporum ramosii dada à uma suposta nova espécie pelo dois estudada. Daí passou-se à Santa Casa da Misericórdia onde foi Chefe de Clínica de Armino Fraga durante logos anos mesmo depois de ter conquistado em brilhante concurso no ano de 1935 o título de Professor Catedrático de Dermatologia da Escola de Medicina e Cirurgia, hoje incorporado à Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO).
Afastou-se da Santa Casa quando em 1948 assumiu o então decadente serviço de Dermatologia da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, logo o transformando, apesar de contar com escassos recursos financeiros, no melhor serviço dermatológico do Brasil em sua época. Nele pela vez no nosso País foram criados os setores de Alergia Dermatológica e cargo do Prof. Negreiro, depois do Dr. Lain Pontes de Carvalho e por fim do Prof. Rene Garrido Neves, de Cirurgia Dermatológica entregue ao Dr. Virmar Soares e de Investigação.
Ao se aposentar da escola de Medicina e Cirurgia em 1966 feito seu Professor Emérito. Pouco depois demitiu-se da Policlica sendo então designado Consultor Honorário de Instituto Oswaldo Cruz.
Desde jovem, em 1925, foi eleito membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia da Qual se tornou uma das vigas mestras, tendo contribuído para o progresso e o prestigio da mesma e, na sua gestão presidencial em 1944, instituído as Reuniões Anuais dos Dermatosifilografos Brasileiros depois transformadas em Congressos Brasileiros de Dermatologia que desde então, ininterruptamente se vêm realizado nos diversos centros dermatológicos do país contribuindo assim decisivamente para o intercambio e o progresso da especialidade.
Sua vultosa e constate atuação Internacional, participando e apresentando comunicações em Congressos e Reuniões e publicando trabalhos em revistas estrangeiras, grangearam-lhe tal prestigio que em 1962 foi eleito para o Comitê Internacional de Dermatologia. Suas atividades internacionais o fizeram um dos dermatologistas brasileiros de maior renome mundial. O grão de Oficial da Legião de Honra da França, a comenda da Ordem do Infante D. Henrique e de Grande Oficial da Ordem da Instrução Publica de Portugal, a comenda José Maria Vargas e a Ordem e Andrés Bello da Venezuela, foram consequência do seu renome fora das nossa fronteiras.
Em 1965 idealizou, organizou e presidiu o Congresso dos Dermatologistas de Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro, coroado de Extraordinário êxito social, cultura e cientifico.
Igualmente notável foi sua atuação na Academia Nacional de Medicina, para a qual foi eleito em 1961, destacando-se a organização e participação do coloquio sobre Blastomicose Brasileira, em 1962, e do Simpósio sobre Dermatose Endêmica no Brasil, 1972.
São incontáveis suas comunicações cientificas apresentadas em Sociedades e Congressos médicos tendo publicado cerca de 250 trabalhos dermatológicos, muitos deles em prestigiosas revistas estrangeiras tais como: Archives of Dermatology, Hautarzt, Annales de Dermatologie ET Syphiligraphie, versando sobre os mais variados assuntos, tais sobre venereologia, micologia, lepra, câncer e outros, todavia com predominacia dos temas interesse médico tropical.
Descreveu a sifilide eritroqueratodermica discromia, depois reconhecida como pinta pelo próprio, a foliculite abcedante de etiologia micótica, a queratodermia marginal das palmas – doenças de Ramos e Silva – as formas mínimas de esporotricose, os primeiros casos brasileiros de lipoido-proteinose, assunto de memorável tese, de lúpus aritematoso profundo, com Portugal, de eczema do cimento, de dermatite de contato pela imbuia.
Faleceu em 21 de Novembro de 1983.
Número acadêmico: 442
Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 15/06/1961
Posse: 03/08/1961
Sob a presidência: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Saudado: Eduardo Augusto de Caldas Brito
Antecessor: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Falecimento: 21/11/1983
Número acadêmico: 442
Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 15/06/1961
Posse: 03/08/1961
Sob a presidência: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Saudado: Eduardo Augusto de Caldas Brito
Antecessor: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Falecimento: 21/11/1983
Nascido em 29 de Novembro de 1896, no Rio de Janeiro, filho de um Juiz de Direito do Império, Dr. João Joaquim Ramos, e D. Silva e Elvira Ramos e Silva.
Formou-se em medicina em 1918 defendendo a tese sobre arsenoterapia da séfilis em 1919 e fez concurso para medico Sanitarista do Departamento Nacional de Saúde dedicando-se daí em diante à Dermatologia em seus múltiplos aspectos de pratica profissional, ensino, sanitários, investigativos e associativos.
Seus pendores pelos assuntos tropicais da Dermatologia desde se manifestaram, já quando trabalhava com Werneck Machado na Policlinica Geral do Rio de Janeiro, quando seus estudos micológicos, levaram seu Chefe a homenagea-lo com a designação de Microsporum ramosii dada à uma suposta nova espécie pelo dois estudada. Daí passou-se à Santa Casa da Misericórdia onde foi Chefe de Clínica de Armino Fraga durante logos anos mesmo depois de ter conquistado em brilhante concurso no ano de 1935 o título de Professor Catedrático de Dermatologia da Escola de Medicina e Cirurgia, hoje incorporado à Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO).
Afastou-se da Santa Casa quando em 1948 assumiu o então decadente serviço de Dermatologia da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, logo o transformando, apesar de contar com escassos recursos financeiros, no melhor serviço dermatológico do Brasil em sua época. Nele pela vez no nosso País foram criados os setores de Alergia Dermatológica e cargo do Prof. Negreiro, depois do Dr. Lain Pontes de Carvalho e por fim do Prof. Rene Garrido Neves, de Cirurgia Dermatológica entregue ao Dr. Virmar Soares e de Investigação.
Ao se aposentar da escola de Medicina e Cirurgia em 1966 feito seu Professor Emérito. Pouco depois demitiu-se da Policlica sendo então designado Consultor Honorário de Instituto Oswaldo Cruz.
Desde jovem, em 1925, foi eleito membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia da Qual se tornou uma das vigas mestras, tendo contribuído para o progresso e o prestigio da mesma e, na sua gestão presidencial em 1944, instituído as Reuniões Anuais dos Dermatosifilografos Brasileiros depois transformadas em Congressos Brasileiros de Dermatologia que desde então, ininterruptamente se vêm realizado nos diversos centros dermatológicos do país contribuindo assim decisivamente para o intercambio e o progresso da especialidade.
Sua vultosa e constate atuação Internacional, participando e apresentando comunicações em Congressos e Reuniões e publicando trabalhos em revistas estrangeiras, grangearam-lhe tal prestigio que em 1962 foi eleito para o Comitê Internacional de Dermatologia. Suas atividades internacionais o fizeram um dos dermatologistas brasileiros de maior renome mundial. O grão de Oficial da Legião de Honra da França, a comenda da Ordem do Infante D. Henrique e de Grande Oficial da Ordem da Instrução Publica de Portugal, a comenda José Maria Vargas e a Ordem e Andrés Bello da Venezuela, foram consequência do seu renome fora das nossa fronteiras.
Em 1965 idealizou, organizou e presidiu o Congresso dos Dermatologistas de Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro, coroado de Extraordinário êxito social, cultura e cientifico.
Igualmente notável foi sua atuação na Academia Nacional de Medicina, para a qual foi eleito em 1961, destacando-se a organização e participação do coloquio sobre Blastomicose Brasileira, em 1962, e do Simpósio sobre Dermatose Endêmica no Brasil, 1972.
São incontáveis suas comunicações cientificas apresentadas em Sociedades e Congressos médicos tendo publicado cerca de 250 trabalhos dermatológicos, muitos deles em prestigiosas revistas estrangeiras tais como: Archives of Dermatology, Hautarzt, Annales de Dermatologie ET Syphiligraphie, versando sobre os mais variados assuntos, tais sobre venereologia, micologia, lepra, câncer e outros, todavia com predominacia dos temas interesse médico tropical.
Descreveu a sifilide eritroqueratodermica discromia, depois reconhecida como pinta pelo próprio, a foliculite abcedante de etiologia micótica, a queratodermia marginal das palmas – doenças de Ramos e Silva – as formas mínimas de esporotricose, os primeiros casos brasileiros de lipoido-proteinose, assunto de memorável tese, de lúpus aritematoso profundo, com Portugal, de eczema do cimento, de dermatite de contato pela imbuia.
Faleceu em 21 de Novembro de 1983.