Nasceu em 24 de julho de 1797, na freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, Engenho do Mendanha, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, filho dos lavradores João Freire Allemão e Feliciana Angélica do Espírito Santo.
Iniciou sua carreira na vida religiosa, tornando-se sacristão, por não possuir os recursos financeiros necessários para dedicar-se à carreira científica. Na convivência com o padre Luis Pereira Duarte, aprendeu a gramática latina e outras disciplinas como francês, inglês, espanhol, hebraico e latim, mas decidiu abandonar a carreira sacerdotal e ministrar aulas particulares, das quais retirava seu meio de sustento. Seu irmão mais velho, Antônio Freire Allemão de Cisneiros, que cursava o segundo ano da Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro, ofereceu-lhe ajuda financeira e no ano de 1822, Francisco Freire Allemão lá ingressou, onde se diplomou como cirurgião, em 1827. Frequentou a Universidade de Paris a convite do governo francês, quando foi aluno do químico Jean Baptiste Dumas e do naturalista Georges Léopold Chrétien Frédéric Dagobert, o Barão Cuvier. Obteve seu doutorado na Universidade de Paris, em 1831, defendendo a tese: “Dissertation sur le goitre”. Regressando ao Brasil, foi aprovado Catedrático de disciplina na cadeira de Botânica e Elementos de Zoologia, em 1833.
Eleito Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (atual Academia Nacional de Medicina), em 1832, foi empossado no mesmo ano. Freire Allemão foi presidente da Sociedade no 3º trimestre de 1832 e da Academia Imperial de Medicina de 1838 a 1839. Sua memória para a Academia Imperial de Medicina versava sobre o “Uso das preparações de sódio na cura do bócio”, assunto pioneiro na época.
É o Patrono da Cadeira 43.
Nomeado médico da Imperial Câmara, em 1840, Freire Allemão conseguiu curar o Imperador Pedro II de uma ameaça de congestão cerebral. Em 1843 participou da comitiva imperial incumbida de acompanhar a vinda da então princesa D. Teresa Cristina, irmã de Dom Fernando (rei das Duas Sicílias), noiva do Imperador Pedro II, de Nápoles ao Rio de Janeiro. Mais tarde, foi Professor de Botânica das Princesas Isabel e Leopoldina.
Membro do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem da Rosa, Comendador da Ordem de Cristo e Comendador da Ordem de Francisco I do Reino de Nápoles, foi Lente de Botânica e Zoologia Médicas, de 1833 a 1853, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. De 1858 a 1866 foi Lente da Secção de Ciências Físicas e Naturais na Escola Central. Participou de diversas associações profissionais e sociedades médicas; foi Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e da Sociedade Philomatica e Membro Honorário do Imperial Instituto Médico Fluminense.
Fundou e presidiu a Sociedade Velosiana de Ciências Naturais do Rio de Janeiro para estudos da Botânica. Em 1874, presidiu a comissão de Botânica e Zoologia do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro. Após descrever muitas plantas e identificar numerosos gêneros, tornou-se um dos naturalistas e botânicos mais conhecidos no Brasil do século XIX. Em 1866, foi nomeado Diretor do Museu Imperial e Nacional, cargo que ocupou até o ano de 1870, embora problemas de saúde o tenham afastado desta função em alguns momentos.
Faleceu no dia 11 de novembro de 1874, aos 77 anos, na antiga propriedade de seus pais, bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 27
Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros
Cadeira homenageado: 43
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 19/05/1832
Posse: 19/05/1832
Sob a presidência: José Francisco Xavier Sigaud
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 11/11/1874
Número acadêmico: 27
Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros
Cadeira homenageado: 43
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 19/05/1832
Posse: 19/05/1832
Sob a presidência: José Francisco Xavier Sigaud
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 11/11/1874
Nasceu em 24 de julho de 1797, na freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, Engenho do Mendanha, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, filho dos lavradores João Freire Allemão e Feliciana Angélica do Espírito Santo.
Iniciou sua carreira na vida religiosa, tornando-se sacristão, por não possuir os recursos financeiros necessários para dedicar-se à carreira científica. Na convivência com o padre Luis Pereira Duarte, aprendeu a gramática latina e outras disciplinas como francês, inglês, espanhol, hebraico e latim, mas decidiu abandonar a carreira sacerdotal e ministrar aulas particulares, das quais retirava seu meio de sustento. Seu irmão mais velho, Antônio Freire Allemão de Cisneiros, que cursava o segundo ano da Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro, ofereceu-lhe ajuda financeira e no ano de 1822, Francisco Freire Allemão lá ingressou, onde se diplomou como cirurgião, em 1827. Frequentou a Universidade de Paris a convite do governo francês, quando foi aluno do químico Jean Baptiste Dumas e do naturalista Georges Léopold Chrétien Frédéric Dagobert, o Barão Cuvier. Obteve seu doutorado na Universidade de Paris, em 1831, defendendo a tese: “Dissertation sur le goitre”. Regressando ao Brasil, foi aprovado Catedrático de disciplina na cadeira de Botânica e Elementos de Zoologia, em 1833.
Eleito Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (atual Academia Nacional de Medicina), em 1832, foi empossado no mesmo ano. Freire Allemão foi presidente da Sociedade no 3º trimestre de 1832 e da Academia Imperial de Medicina de 1838 a 1839. Sua memória para a Academia Imperial de Medicina versava sobre o “Uso das preparações de sódio na cura do bócio”, assunto pioneiro na época.
É o Patrono da Cadeira 43.
Nomeado médico da Imperial Câmara, em 1840, Freire Allemão conseguiu curar o Imperador Pedro II de uma ameaça de congestão cerebral. Em 1843 participou da comitiva imperial incumbida de acompanhar a vinda da então princesa D. Teresa Cristina, irmã de Dom Fernando (rei das Duas Sicílias), noiva do Imperador Pedro II, de Nápoles ao Rio de Janeiro. Mais tarde, foi Professor de Botânica das Princesas Isabel e Leopoldina.
Membro do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem da Rosa, Comendador da Ordem de Cristo e Comendador da Ordem de Francisco I do Reino de Nápoles, foi Lente de Botânica e Zoologia Médicas, de 1833 a 1853, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. De 1858 a 1866 foi Lente da Secção de Ciências Físicas e Naturais na Escola Central. Participou de diversas associações profissionais e sociedades médicas; foi Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e da Sociedade Philomatica e Membro Honorário do Imperial Instituto Médico Fluminense.
Fundou e presidiu a Sociedade Velosiana de Ciências Naturais do Rio de Janeiro para estudos da Botânica. Em 1874, presidiu a comissão de Botânica e Zoologia do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro. Após descrever muitas plantas e identificar numerosos gêneros, tornou-se um dos naturalistas e botânicos mais conhecidos no Brasil do século XIX. Em 1866, foi nomeado Diretor do Museu Imperial e Nacional, cargo que ocupou até o ano de 1870, embora problemas de saúde o tenham afastado desta função em alguns momentos.
Faleceu no dia 11 de novembro de 1874, aos 77 anos, na antiga propriedade de seus pais, bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio