Nasceu em Vila Iracema, no Estado do Ceará, em 10 de fevereiro de 1846, filho do tenente coronel José Cardoso Brasil e de Thereza Maria de Moura Brasil.
Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia, doutorou-se em novembro de 1872, defendendo a tese: “Tratamento Cirúrgico da Catarata”. Desde os primeiros estudos acadêmicos dedicou-se à oftalmologia e, terminado o curso, partiu para a Europa para especializar-se. Lá permaneceu cerca de três anos, dois em Paris, nas Clínicas dos eminentes oftalmologistas Wecker, Galezovski e Meyer, tendo sido indicado pelo Professor Ludwig Wecker como seu Chefe de Clínica, cargo que exerceu durante mais de um ano, e, também, nas Clínicas de Londres e Viena a cargo de famosos oftalmologistas, como Bowman, Crickett, Arlt, Jaeger, Fuchs e outros.
Regressou ao Brasil em 1875 e, no Ceará, atendendo na Santa Casa da Misericórdia, prestou grandes serviços à população pobre. Seguiu para o Rio de Janeiro, então a capital do Império, em 1876, onde estabeleceu clínica e obteve êxito e reconhecimento, assim como no Ceará, pois agia, também, com caridade para com os necessitados. Em 1882, fundou na cidade do Rio de Janeiro uma Policlínica, e foi seu diretor durante 43 anos, reeleito sucessivamente.
Médico oftalmologista, químico, farmacêutico e pesquisador, foi o criador do centenário colírio que leva seu nome, e que continua a ser produzido por um grande laboratório.
Eleito Membro Titular da então Academia Imperial de Medicina, apresentando memória sob o título: “Tratamento da conjuntivite granulosa aguda pelo abrus precatorius”, foi empossado em 7 de novembro de 1882 e a presidiu pela última vez com este nome em 1889; foi o primeiro a presidi-la com o atual nome Academia Nacional de Medicina, até 1891. Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido Patrono da Cadeira 66; sua dedicação à instituição ficou eternizada na forma de busto em bronze.
Moura Brasil publicou interessantes trabalhos, não só sobre assuntos de sua especialidade, como também outros relativos a problemas agrícolas e sociais. Ocupou importantes cargos de governo na área da agricultura e no Ministério do Interior, Higiene e Saúde. Foi Presidente do Liceu de Artes e Ofícios, da Sociedade Nacional de Agricultura e do Centro da Lavoura do Café do Brasil.
Agraciado com os títulos de Comendador da Ordem de Cristo e da Ordem Portuguesa de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, recusou o de Barão, que lhe foi oferecido pelo Conselheiro João Alfredo.
O Dicionário Biobibliográfico Cearense, do Barão de Studart, o denomina “Príncipe da cirurgia oculista no País”. O salão nobre da Câmara Municipal de Fortaleza, ostenta seu retrato como cearense benemérito. No centenário de seu nascimento, foi inaugurado um busto em sua homenagem pelo “Centro Médico Cearense”, em Fortaleza, no largo do Passeio Público. É Patrono da cadeira 18 da Academia Cearense de Letras e da 34 da Academia Cearense de Ciências.
Faleceu em 31 de dezembro de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. Seus descendentes, formadores de verdadeira dinastia, continuam sua obra.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 129
Cadeira: 61 Luiz da Cunha Feijó (Visconde de Santa Isabel)
Cadeira homenageado: 66
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 07/11/1882
Posse: 07/11/1882
Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Emerência: 10/10/1918
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 31/12/1928
Número acadêmico: 129
Cadeira: 61 Luiz da Cunha Feijó (Visconde de Santa Isabel)
Cadeira homenageado: 66
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 07/11/1882
Posse: 07/11/1882
Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Emerência: 10/10/1918
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 31/12/1928
Nasceu em Vila Iracema, no Estado do Ceará, em 10 de fevereiro de 1846, filho do tenente coronel José Cardoso Brasil e de Thereza Maria de Moura Brasil.
Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia, doutorou-se em novembro de 1872, defendendo a tese: “Tratamento Cirúrgico da Catarata”. Desde os primeiros estudos acadêmicos dedicou-se à oftalmologia e, terminado o curso, partiu para a Europa para especializar-se. Lá permaneceu cerca de três anos, dois em Paris, nas Clínicas dos eminentes oftalmologistas Wecker, Galezovski e Meyer, tendo sido indicado pelo Professor Ludwig Wecker como seu Chefe de Clínica, cargo que exerceu durante mais de um ano, e, também, nas Clínicas de Londres e Viena a cargo de famosos oftalmologistas, como Bowman, Crickett, Arlt, Jaeger, Fuchs e outros.
Regressou ao Brasil em 1875 e, no Ceará, atendendo na Santa Casa da Misericórdia, prestou grandes serviços à população pobre. Seguiu para o Rio de Janeiro, então a capital do Império, em 1876, onde estabeleceu clínica e obteve êxito e reconhecimento, assim como no Ceará, pois agia, também, com caridade para com os necessitados. Em 1882, fundou na cidade do Rio de Janeiro uma Policlínica, e foi seu diretor durante 43 anos, reeleito sucessivamente.
Médico oftalmologista, químico, farmacêutico e pesquisador, foi o criador do centenário colírio que leva seu nome, e que continua a ser produzido por um grande laboratório.
Eleito Membro Titular da então Academia Imperial de Medicina, apresentando memória sob o título: “Tratamento da conjuntivite granulosa aguda pelo abrus precatorius”, foi empossado em 7 de novembro de 1882 e a presidiu pela última vez com este nome em 1889; foi o primeiro a presidi-la com o atual nome Academia Nacional de Medicina, até 1891. Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido Patrono da Cadeira 66; sua dedicação à instituição ficou eternizada na forma de busto em bronze.
Moura Brasil publicou interessantes trabalhos, não só sobre assuntos de sua especialidade, como também outros relativos a problemas agrícolas e sociais. Ocupou importantes cargos de governo na área da agricultura e no Ministério do Interior, Higiene e Saúde. Foi Presidente do Liceu de Artes e Ofícios, da Sociedade Nacional de Agricultura e do Centro da Lavoura do Café do Brasil.
Agraciado com os títulos de Comendador da Ordem de Cristo e da Ordem Portuguesa de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, recusou o de Barão, que lhe foi oferecido pelo Conselheiro João Alfredo.
O Dicionário Biobibliográfico Cearense, do Barão de Studart, o denomina “Príncipe da cirurgia oculista no País”. O salão nobre da Câmara Municipal de Fortaleza, ostenta seu retrato como cearense benemérito. No centenário de seu nascimento, foi inaugurado um busto em sua homenagem pelo “Centro Médico Cearense”, em Fortaleza, no largo do Passeio Público. É Patrono da cadeira 18 da Academia Cearense de Letras e da 34 da Academia Cearense de Ciências.
Faleceu em 31 de dezembro de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. Seus descendentes, formadores de verdadeira dinastia, continuam sua obra.
Acad. Francisco Sampaio