No último dia 3 de julho, a Academia Nacional de Medicina (ANM) foi palco de um evento memorável que reuniu grandes nomes da ciência global e jovens talentos em uma jornada inspiradora sobre o futuro da pesquisa e inovação. O “Seminário Jovens Cientistas e o Futuro da Ciência”, realizado dentro da programação do G20 e promovido pela ANM, pelo Instituto Coalizão Saúde e pela Prefeitura do Rio, teve como destaque o britânico Richard Roberts, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1993. Sua masterclass sobre a “Ciência do Amanhã” emocionou a plateia de jovens cientistas, abrindo caminho para um intercâmbio de ideias que promete impulsionar novas colaborações científicas entre várias nações.
A tarde foi marcada pela apresentação de 15 painéis que discutiram temas urgentes e inovadores, como a utilização de Inteligência Artificial para a detecção de tuberculose, o impacto do voluntariado médico na saúde global e a crescente importância da diplomacia científica. Cada um deles trouxe à tona questões cruciais para o futuro da humanidade, refletindo a necessidade de um esforço coletivo para resolver os problemas sociais mais prementes, como as doenças infecciosas, o acesso à saúde e os desafios econômicos que afetam a ciência e a saúde no mundo.
Entre as grandes mentes presentes, além de Richard Roberts, destacaram-se figuras como a Acadêmica Margareth Dalcolmo, trazendo uma reflexão sobre a importância da comunicação científica em tempos de Pandemia, e o economista Armínio Fraga, abordando as interseções entre economia e saúde pública, apresentando uma perspectiva econômica essencial para a tomada de decisões informadas em tempos de crise.
A presença internacional também trouxe uma perspectiva rica e diversificada. Cientistas como os professores sul-africanos Himla Soodyall e Moses Basitere, o indiano Ashwin Parchani e a libanesa Viviane Naimy contribuíram com visões únicas sobre o papel da ciência em diferentes partes do mundo, evidenciando como a colaboração internacional é vital para enfrentar os desafios globais de saúde e inovação.
Outro painel de destaque foi dedicado ao “Sul Global” e a sua contribuição para a saúde mundial. A libanesa Viviane Naimy, a sul-africana Himla Soodyall e Chandra S. Sharma, do Indian Institute of Technology Hyderabad, discutiram os desafios e as oportunidades de transformação social e saúde no contexto dos países em desenvolvimento, apresentando soluções inovadoras e colaborativas para promover o acesso à saúde e a equidade no cuidado médico global.
O evento representou um marco na busca por um futuro mais colaborativo e inovador para a ciência, conectando cientistas de diversas partes do mundo e dando voz à nova geração, cujas descobertas podem ser decisivas para a solução de problemas globais, como as mudanças climáticas, doenças infecciosas e a escassez de recursos de saúde.
