Em 2024 é comemorado o Centenário da cientista Johanna Döbereiner, pioneira na ciência brasileira e responsável por revolucionar as pesquisas agrícolas no país com seu trabalho de fixação biológica de nitrogênio, uma técnica menos agressiva para o meio ambiente e a agricultura brasileira, e mais econômica.
Em vista deste marco, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realizou na última quarta-feira (20) a abertura oficial das comemorações, que irão perdurar durante todo o ano, na Embrapa Agroecologia, em Seropédica, no Rio de Janeiro, onde a cientista residiu durante 50 anos, e a Presidente da ANM, Acadêmica Eliete Bouskela, esteve presente para discutir a importância das mulheres na ciência e o pioneirismo de Johanna Döbereiner.
A Presidente da ANM, que também é Membro Titular da ABC e Diretora Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), ressaltou que a desigualdade doméstica na divisão de tarefas é a grande barreira para as mulheres avançarem na carreira científica. “Fiquei muito feliz quando soube que Johanna foi mãe, pois mostra que para uma mulher seguir sua carreira ela não precisa abdicar de ter filhos, como muitas vezes acontece”, afirmou. “O que precisamos é de exemplos. Precisamos ganhar posições para que as próximas mulheres não tenham de ser as primeiras. Precisamos reverenciar cada vez mais mulheres como Johanna Döbereiner”, ressaltou.
O evento contou com a presença da Presidente da ABC, Helena Nader; o Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Renato Janine; a Presidente da Embrapa, Silvia Massruhá; e Mariangela Hungria, Diretora da ABC, além de ex-alunos e familiares de Johanna Döbereiner.
Fonte: Academia Brasileira de Ciências