Impactos do 5G na saúde é tema do simpósio apresentado na Academia Nacional de Medicina

06/05/2022
Simpósio Como a tecnologia 5G vai impactar a Saúde

No primeiro simpósio de maio (5), a Academia Nacional de Medicina abordou um assunto que está mudando a vida dos brasileiros: a tecnologia 5G. Especificamente, Como a tecnologia 5G vai impactar a Saúde, coordenado pelo Acadêmico Giovanni G. Cerri. Essa é uma questão sobre como a medicina está se desenvolvendo e a pandemia foi um acelerador desse processo, deixando diferentes legados, incluindo a saúde digital. “Esse é um tema muito atual e muito importante”, afirma o acadêmico.

A abertura das palestras foi feita com o tema: Apresentação da Tecnologia 5G na Saúde, ministrado pela engenheira Marcia Ogawa Matsubayashi, da Deloitte Inc.. Esse assunto abordou a evolução das tecnologias, a sua linha do tempo com a chegada dos dispositivos móveis mais avançados, os devices e o que podemos esperar do 5G com a hiperconectividade, em que não somente os consumidores são impactados, mas as indústrias, como a do transporte, segurança pública e manufactura. É estimado que essa tecnologia gerará 22 milhões de empregos no mundo. Entre as principais aplicações do 5G na área da saúde, Marcia cita o diagnóstico remoto por imagens, a redução de erros nos diagnósticos, cirurgia robótica remota, ambulância conectada ao Pronto de Socorro, monitoramento remoto dos pacientes e melhores recursos para educação médica.

Apresentação da engenheira Marcia Ogawa Matsubayashi, da Deloitte Inc.

Para abordar ainda mais as aplicações do 5G na saúde, o professor da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Marco Antonio Bego ministrou o tema Como a Tecnologia 5G vai impactar a Saúde: Projeto Open care 5G. A intenção foi dar continuidade a palestra anterior, mostrando os impactos dessa tecnologia e onde faz mais sentido ser usada na medicina. Mas essa tecnologia terá impacto além da saúde, atuando em diferentes áreas, como no empreendedorismo, no desenvolvimento da ciência, na formação de pesquisadores, nas políticas públicas, na segurança cibernética, na política de dados e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

A segunda parte do simpósio começou com a apresentação da Estratégia da NEC para 5G no Brasil, ministrada pelo Dr. Cristiano Macauba, gerente de projetos da NEC – Nippon Electronics Co.. Para iniciar, ele aborda a história da empresa e o motivo deles optarem por redes abertas ao trabalhar. Ilustrando o seu tema, Dr. Cristiano trouxe exemplos da vida real em que a aplicação do 5G é feita no dia a dia da saúde em países asiáticos, e explicou sobre os testes feitos durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021.

Entre as diferentes aplicações para o 5G na medicina, uma delas é a cirurgia robótica e o Dr. Ulysses Ribeiro Jr. apresentou o tema Medicina 5G e Cirurgia Robótica para abordá-lo propriamente. O tema explica os benefícios e vantagens do uso de um robô para realizar o trabalho, além dos pontos-chaves para isso. A rapidez, a confiabilidade, o volume de dados e a quantidade de aparelhos conectados são as maiores vantagens que a equipe e o paciente podem ter com essa tecnologia.

Por videoconferência, o professor da USP Marco Roberto de Menezes apresentou o Projeto USG Radiologia 5G Amazônia/Pará, que está sendo desenvolvido em Xingu, na Amazônia. O acesso à saúde é muito complicado e horas de viagem são necessárias para que os moradores tenham uma consulta médica. O intuito não é ensinar a ultrassom, e sim, disponibilizar o diagnóstico com portabilidade e de alta qualidade em qualquer região. Isso porque esse exame é essencial para o cuidado do paciente e pode direcioná-lo para o tratamento mais adequado.

Os comentários finais do simpósio foram feitos pela Acadêmica Eliete Bouskela, exaltando a relação médico e paciente nos tempos de saúde digital e telemedicina. O Acadêmico Giovanni Cerri também fez o seu esclarecimento sobre o assunto, apresentando dados sobre como essa forma de atendimento foi recebida na Grã-Bretanha e os benefícios que ela traz a quem será atendido, podendo evitar muitos transtornos para os pacientes. 


Para assistir o simpósio na íntegra, visite o nosso canal no Youtube ou clique aqui e aqui.

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