Na última quinta (28), a Academia Nacional de Medicina (ANM) organizou o simpósio Sono e Saúde Humana para abordar como essa questão influencia o bem-estar da população. O presidente Francisco Sampaio fez o discurso de abertura com a presença dos coordenadores do evento, o Acadêmico Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro e o Acad. Walter Zin.
As palestras começaram com a Drª Lilian Scheinkman, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com o tema Sono: distúrbios cognitivos e mecanismos indicativos de risco à demência. Em que foi explicado como o sono atua durante o envelhecimento e as consequências que aparecem com a idade, entre elas, a demência. Todos esses estudos são recentes e os pesquisadores ainda estão descobrindo quais os seus efeitos nos idosos.
Em seguida, o simpósio fez um questionamento ao público: Por que dormimos?. O tema foi ministrado pelo Dr. Geraldo Lorenzi, professor da Universidade Federal de São Paulo (USP), e o intuito da apresentação era tentar responder essa pergunta em particular, e outras temos sobre esse estado de consciência. Com isso, o Dr. Lorenzi conclui que o sono é algo previsível, resultado de uma atividade celular neuronal.
Com as telas cada vez mais presentes em nossas vidas, é necessário abordar o impacto de celulares, tablets e computadores no sono, principalmente das crianças. Drº Márcio Nehab, da Fiocruz, foi responsável por abordar esse tema na palestra Telinhas e Sono, esse assunto é atual e relevante, principalmente para os pais, pois o sono é crucial para o desenvolvimento da saúde física e mental dos pequenos. Ele considera esse um problema de saúde pública e afirma que a conscientização é necessária para promover um sono saudável.
A Drª Natalia Bezerra Mota, da Universidade do Rio Grande do Norte, apresentou o tema Mapeamento computacional das emoções nos sonhos, baseado em teorias atuais sobre a função dos sonhos e a ligação com a saúde mental, o efeito agudo da pandemia e a criação de “sonhos” em laboratório. A Drª realizou uma pesquisa durante o isolamento social, analisando o conteúdo dos sonhos e as fases do sono, e expôs os resultados durante a apresentação.
Finalizando a noite, a Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, diretora do Hospital da Força Aérea do Galeão, ministrou a palestra sobre Rápidas mudanças de fuso horário e sono. Ela iniciou com uma breve explanação sobre voos e aviões, e como longas horas de viagem podem causar efeitos adversos à saúde, o próprio jetlag é um desses. O tratamento inclui exposição à luz, uma alimentação balanceada, hidratação, atividade físicas e até mesmo medicamentos. Já para prevenir, a preferência deve ser por voos diurnos, adaptar os horários de casa até sete dias antes da viagem, descansar e se adequar ao novo fuso imediatamente.
As apresentações foram seguidas por uma fervorosa discussão na Bancada Acadêmica, com muitas perguntas e troca de informações entre os Acadêmicos presentes, tanto na sede quanto na plataforma Zoom, e os palestrantes. Para assistir o simpósio na íntegra, visite nosso canal no Youtube ou clique aqui e aqui.