Nota de falecimento

17/09/2021

É com extremo pesar que a Academia Nacional de Medicina comunica o falecimento do acadêmico Antonio Paes de Carvalho, ocorrido nesta manhã, dia 17 de setembro de 2021.

Antonio Paes de Carvalho nasceu em 13 de junho de 1935, no Rio de Janeiro (RJ).

Graduou-se pela Faculdade Nacional de Medicina (1959). Doutorado em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina (1961), ocasião na qual defendeu a tese “Excitação cardíaca: alguns aspectos eletrofisiológicos”, sob a orientação de Carlos Chagas Filho. Especialização em MBA executivo pela Coppead/Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997).

Foi professor Assistente e Professor Convidado da State University of New York (1961-1964). Livre Docente de Biofísica da Faculdade Nacional de Medicina (1964). Sub-Reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ (1970-2010). Membro do Conselho Federal de Educação (2002-2008). Membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (1978). Professor Titular de Biofísica e Fisiologia, Instituto de Biofísica da UFRJ (1978-2003).

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ministrou as disciplinas de Biofísica, Fisiologia, Fisiologia da Circulação e Respiração e Fisiologia Vegetal, até sua aposentadoria compulsória.

Professor Emérito da UFRJ e Pesquisador Emérito do CNPq. Membro do Conselho Deliberativo do CNPq (2006-2008) e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1965.

Organizador e Fundador da Fundação Bio-Rio (Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro), onde foi Secretário Geral e Presidente (1988-2000). Fundador e Presidente da ABRABI – Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia (1966-2004). Presidente da empresa Extracta Moléculas Naturais S A (1998).

Membro e presidente do PADCT – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil, financiamento do Banco Mundial ao Ministério da Ciência e Tecnologia; membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro de 1979 a 1982. Foi ainda professor convidado da Harvard – MIT – Health Sciences and Technology Program para ministrar a disciplina de eletrofisiologia cardíaca.

Entre os prêmios recebidos, foi agraciado com medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico, em grau de Grã-Cruz, pela Presidência da República (2005); medalha em grau de Comendador, Ordem Nacional do Mérito Científico (1996); Doutor “Honoris Causa”, Universidad de Buenos Aires(1996); Escultura Símbolo Vallée 30 anos, como homenagem e reconhecimento à contribuição e prestígio prestados à empresa (1991); prêmio “Cantídio Moura Campos Filho”, Sociedade Brasileira de Cardiologia (1982), entre vários outros. Recebeu, ainda, o Prêmio LAFI, por seus trabalhos de Eletrofisiologia Cardíaca (1964).

Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Características Funcionais da Comunicação Celular no Miocárdio e suas possíveis implicações fisiopatológicas”. Tornou-se Membro Emérito da Academia Nacional de Medicina em 27 de novembro de 2008.

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