Academia assume Alanam

24/10/2020

Em outubro foi realizada a reunião da Asociación Lationamericana de Academias Nacionales de Medicina, Espanha e Portugal (Alanam), sob a presidência da brasileira Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort Jr, a partir de agora, tem a dupla missão de presidir a instituição nacional e a Alanam.

 A Alanam reúne, além do Brasil, as academias do Chile, Uruguai, Paraguai, Equador, Costa Rica, Bolívia, Colômbia, México, Argentina, Venezuela, Peru, e República Dominicana e mais Portugal e Espanha.

   – A Academia Nacional de Medicina, com seus 191 anos, e os 100 acadêmicos, que representam os 500.000 médicos do Brasil, têm a honra e sabem desta grande responsabilidade. Belfort aproveitou o evento e ainda apresentou, de forma sucinta, a situação da covid-19 no Brasil, ressaltando aspectos da geopolítica e da epidemiologia da doença.

 –  A dimensão continental do Brasil e a grande disparidade econômica regional fez com que a epidemia se manifestasse em tempo diferente e com uma variedade grande de intensidade e mesmo mortalidade. Um foco que, inicialmente, não foi considerado importante foi na Amazônia, totalmente inesperado. A epidemia rapidamente ganhou dimensão muito grande na região Amazônica brasileira.

Para o presidente Belfort, várias lições foram aprendidas durante a epidemia por covid-19 e continuam importantes. Uma delas, segundo ele, é que temos que pensar globalmente, mas agir localmente, e a estratégia atual é levar em consideração a situação de mini regiões. Além disso, refletiu sobre as disparidades muito grandes entre ricos e pobres. Para ele, a próxima fase fundamental é pensar em vacinação.

 –  Acredito que a próxima etapa, e também isto se relaciona à toda América Latina, é discutirmos as vacinas. A Academia Nacional de Medicina do Brasil, desde março, teve importante liderança na informação e educação da sociedade sobre esses diferentes aspectos. Realizamos vários simpósios internacionais, inclusive com o apoio da Alanam, e atualmente nossos esforços estão relacionados às vacinas. Acreditamos que nos próximos muitos meses teremos que liderar e discutir as vacinas em relação a: qual, quando e como?            

 O presidente Belfort apontou ainda que a epidemia vai continuar durante muitos meses e não basta apenas termos dados descritivos da situação. Os números são mais ou menos os mesmos nos diferentes países e a problemática, acredita, é a de tentar resolver, tentar descobrir soluções. E para terminar seu discurso de posse, agradeceu ao presidente anterior da Academia Nacional de Medicina, o acadêmico Jorge Alberto Costa e Silva, pelo empenho na representatividade brasileira na organização e parabenizou o presidente Horácio Toro que o antecedeu na Alanam.     

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