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Afinal, que vírus é esse? Qual a finalidade da testagem? Como reabilitar os sobreviventes a essa doença? O que o futuro nos reserva? Estas, entre outras questões, que permeiam as dúvidas diárias de todos foram debatidas no dia 09 de julho de 2020, durante o “Simpósio Covid-19 – Que doença é essa?”, promovido pela Academia Nacional de Medicina.
Além dos renomados acadêmicos, estudiosos da Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro, USP de Ribeirão Preto e Universidade Federal de Pelotas e um convidado internacional do Imperial College de Londres estarão palestrando e no centro dos debates.
O pesquisador Cesar Victora, professor Emértio da Universidade Federal de Pelotas, apresentou dados de uma pesquisa realizada em 133 cidades em todo o país, 2 mil entrevistadores em campo para testar e entrevistar cerca de 36 mil pessoas em três fases distintas e entender a epidemia por SARS-CoV-2, no Brasil.
De cada cidade, foram escolhidos 25 setores censitários, 10 domicílios em cada setor e uma pessoa por domicílio. Os resultados deste estudo, em parceria com o Ibope Inteligência, foram apresentados aos mais de 400 participantes tiveram a oportunidade de acompanhar um dos raros estudos mundiais com amostra de base populacional e periódica no mundo. Segundo Victora, há 6 a 7 vezes mais pessoas infectadas do que casos notificados e os sintomas mais frequentes foram alterações no olfato e paladar, seguidos de febre, tosse, dores no corpo e na garganta, falta de ar e calafrios.
O teste utilizado foi o do tipo rápido, com sensibilidade de 85% e especificidade maior do que 99,9%, e cujo resultado sai em 15 minutos. Entre as surpresas da epidemia no Brasil, o aumento, em junho, de crianças afetadas pela doença; a alta prevalência, no mesmo mês, entre indígenas; e da doença afetar aos mais pobres.
Para Victora ainda restam várias perguntas: por que tantos sintomáticos? Por que tantas crianças e indígenas? Por que a prevalência da doença não passa dos 30%? Por que a epidemia iniciou-se na Amazônia? E o que o teste efetivamente mede?
O coordenador desta sessão científica, o acadêmico Daniel Tabak, comentou que depois de meses de pandemia, ainda temos muitas perguntas. A infecção por covid-19 é uma doença pulmonar sim, mas, não somente. E, qual o papel do sangue nesse caos?” O acadêmico Daniel Tabak abordou o tema que ainda intriga muito médicos e pesquisadores.
Outros renomados participantes abordaram desde características dos vírus da família coronavírus, em 1970, como os inalamos; até os projetos em andamento com vacina contra o SARS-CoV-2 e as novas abordagens desafiadoras de tratamento.